O MENINO E AS FOLHAS DE VINAGREIRA
Criança alegre e triste,
Acorda sem ter nada,
A mesa sempre vazia,
Não sabe o que vai comer.
O pássaro na gaiola,
Pula – pula, pula-pula,
Nada reclama no canto,
Festivo de todos os dias.
O pássaro na gaiola,
O menino nem olha,
O lindo pássaro cantar.
A criança alegre e triste,
Será que a vida do menino é boa?
Será que um dia vai ter uma mesa farta?
O cachorro não late, nem morde,
Magricelo pouco caminha,
Com preguiça abre os olhos.
Examina o pobre menino,
Que sai na porta rapidinho,
Num calção com remendos,
O menino vê a ruazinha,
Debruçando na janelinha.
Será que a vida do menino é boa?
Será que um dia vai ter uma mesa farta?
Bebe água do pote pra passar a agonia.
Será que a vida do menino é boa?
Será que um dia vai ter uma mesa farta?
Lá detrás da casinha,
Enxerga o pobre menino,
A bananeira sem frutos,
Que nem balança as folhas.
Encara o pobre menino,
O cajueiro com folhas amarelas,
O vento nem por lá passa,
O tempo faz esquecer,
E deixa cair as folhas.
Observa o pobre menino,
Que o pé de milho não cresce,
Ainda bem pequenino,
O menino tange as galinhas,
Que picam suas folhinhas.
Viajam as esperanças do menino,
De algum dia comer as espigas.
Mira o pobre menino,
Correndo dá uma volta no quintal,
Sonda as mangueiras sem frutos,
E voa a pomba fogo - pagou.
Vai detrás da casinha,
Encontra os pés de vinagreira,
Com folhas esmeraldinas.
O menino atropela o tempo,
E sabe muito bem matar a fome,
Que tanto lhe procura.
Come as folhinhas de vinagreira,
Que servem para fazer um cuxá,
Com quiabo batido nas folhas,
Na hora que sua mãe chegar.
É bom cuxá de vinagreira!
Fruto valioso com certeza,
Faz-se geleias, doces, pastas,
Até xaropes e bons vinhos.
As folhas maduram podem refogar,
Cozinhar e comer em vários pratos,
A mãe do menino conserva as folhas,
E faz ótima medicina caseira.
Alivia as inflamações picantes,
E estimula o estomago vazio,
O menino com fome,
Descalço retira as lagartas,
Que roem as folhas verdes,
Daqueles pés de vinagreira.
O menino com fome,
Hum! Azedinhas iguais a caja,
Mela com sal e pimenta,
Leva à boca sem fingimento.
Faz cara feia e sorrir,
Por cima da cerca de talo,
Acena pra Mariazinha.
O menino com fome,
Saboreia as folhas de vinagreira,
Não sabe que tem vitaminas A, B e C,
Com cálcio, ferro, fósforo e proteínas,
Até substitui as proteínas da carne.
Mete o caneco dentro do pote,
Água fria que respinga suor.
O menino com fome,
Bebe água e enche a pança,
É o menino do nordeste,
Do centro urbano de Caxias,
Que mora no bairro Nova Caxias.
O povo maranhense é encantador,
A comida é maravilhosa, uma delícia.
Um prato delicioso do Maranhão,
Vens! Meu caro leitor (a),
Largue tudo o que tens a fazer,
Vamos comer arroz de cuxá,
Certeza eu tenho que vais saborear!
Criança alegre e triste,
Acorda sem ter nada,
A mesa sempre vazia,
Não sabe o que vai comer.
O pássaro na gaiola,
Pula – pula, pula-pula,
Nada reclama no canto,
Festivo de todos os dias.
O pássaro na gaiola,
O menino nem olha,
O lindo pássaro cantar.
A criança alegre e triste,
Será que a vida do menino é boa?
Será que um dia vai ter uma mesa farta?
O cachorro não late, nem morde,
Magricelo pouco caminha,
Com preguiça abre os olhos.
Examina o pobre menino,
Que sai na porta rapidinho,
Num calção com remendos,
O menino vê a ruazinha,
Debruçando na janelinha.
Será que a vida do menino é boa?
Será que um dia vai ter uma mesa farta?
Bebe água do pote pra passar a agonia.
Será que a vida do menino é boa?
Será que um dia vai ter uma mesa farta?
Lá detrás da casinha,
Enxerga o pobre menino,
A bananeira sem frutos,
Que nem balança as folhas.
Encara o pobre menino,
O cajueiro com folhas amarelas,
O vento nem por lá passa,
O tempo faz esquecer,
E deixa cair as folhas.
Observa o pobre menino,
Que o pé de milho não cresce,
Ainda bem pequenino,
O menino tange as galinhas,
Que picam suas folhinhas.
Viajam as esperanças do menino,
De algum dia comer as espigas.
Mira o pobre menino,
Correndo dá uma volta no quintal,
Sonda as mangueiras sem frutos,
E voa a pomba fogo - pagou.
Vai detrás da casinha,
Encontra os pés de vinagreira,
Com folhas esmeraldinas.
O menino atropela o tempo,
E sabe muito bem matar a fome,
Que tanto lhe procura.
Come as folhinhas de vinagreira,
Que servem para fazer um cuxá,
Com quiabo batido nas folhas,
Na hora que sua mãe chegar.
É bom cuxá de vinagreira!
Fruto valioso com certeza,
Faz-se geleias, doces, pastas,
Até xaropes e bons vinhos.
As folhas maduram podem refogar,
Cozinhar e comer em vários pratos,
A mãe do menino conserva as folhas,
E faz ótima medicina caseira.
Alivia as inflamações picantes,
E estimula o estomago vazio,
O menino com fome,
Descalço retira as lagartas,
Que roem as folhas verdes,
Daqueles pés de vinagreira.
O menino com fome,
Hum! Azedinhas iguais a caja,
Mela com sal e pimenta,
Leva à boca sem fingimento.
Faz cara feia e sorrir,
Por cima da cerca de talo,
Acena pra Mariazinha.
O menino com fome,
Saboreia as folhas de vinagreira,
Não sabe que tem vitaminas A, B e C,
Com cálcio, ferro, fósforo e proteínas,
Até substitui as proteínas da carne.
Mete o caneco dentro do pote,
Água fria que respinga suor.
O menino com fome,
Bebe água e enche a pança,
É o menino do nordeste,
Do centro urbano de Caxias,
Que mora no bairro Nova Caxias.
O povo maranhense é encantador,
A comida é maravilhosa, uma delícia.
Um prato delicioso do Maranhão,
Vens! Meu caro leitor (a),
Largue tudo o que tens a fazer,
Vamos comer arroz de cuxá,
Certeza eu tenho que vais saborear!