ENCONTRO DAS ÁGUAS
Penso em você
E quando penso em você
Penso em nós dois
E quando penso em nós dois
Penso em nos revermos
Penso em novos reencontros
Desejo reencontrar você
Não como o mar adentrando
o leito do rio
Com a força ruidosa
Da temível pororoca
Que levanta ondas gigantescas
No Amazonas rio-mar
Quero que nos encontremos
Como no encontro tranqüilo
Das águas do rio Negro
Das águas do rio Solimões
Eu com meu humor ácido
Com minha mente obscura e turva
Posso ser o teu Rio Negro
E você com seu humor borbulhante
Trazendo a tona toda tua doçura
Quero como meu Rio Solimões
Buscamos tantas vezes
O amor definitivo
A pessoa que nos completa
Como pororocas invadindo o rio
Levantando tão grandes ondas
De emoções desencontradas
Um mar salgado perturbando
A corrente tranqüila do Rio Amazonas
Em nossos corações
Quisera tanto que não fosse
Um sonho apenas, inalcançável
O amor definitivo ser
O mesmo amor despretensioso
Tranqüilo a completar-nos
Num encontro de nossas águas
Eu, teu Rio Negro
Você, meu Solimões