Cevando Saudades ( ao meu irmão William )
CEVANDO SAUDADES
Encho a cuia, tomo um mate
levo a vista pro horizonte, o olho arde
Penso no Rio Grande e sinto saudade
mateio na sacada, hoje meu quintal
lembro da minha infância,
de laranjeiras e parreiral
Meu pago levo comigo, onde quer que eu me encontre
Mesmo que seje longe e que tenha um Belo Horizonte
O mate ronca...encho a cuia de novo
O chimarrão me traz devaneios
dos costumes do meu povo
Estou longe...Deus quis assim
A ELE pertence o futuro
E as " cosa " que há por " vim "
Um dia me volvo ao Rio Grande
Não que aqui não seja feliz
minha história eu escrevo, cruzando este país
Onde eu for levo minha cuia, filho e " muié "
Seja nessas bandas ou pros pagos de São Sepé
Sou filho de Rio Grande, terra que me pariu
E levo no coração o amor de meu mano, Vinícius Bilibio.