V E N T O S
VENTOS
Com todos contrastes climáticos
Dói no medo um vento pampeiro
Quase sempre passageiro
Que nos deixa apáticos.
Quando não é um é outro nordestão
Que nosso senhor manda no reponte
Da boiada, que assustada em vão
Corre desatinada a procura do distante.
Temos também, o Carpinteiro da Costa,
Vento malvado a soprar em todo braseiro
De além prados rio-grandenses hospitaleiro
Pra mim que gosta.
Ui ! Minuano, és vento desenfreado
Da minha chinóca que grita e chora
Nos momentos de ansiedade travado
Entre o céu e a terra neste agora.
Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul
Saudades do Rio Grande do Sul, Caxias do Sul por volta
De 1976. No momento que vi pela primeira vez na minha
Vida, neve. Nevou em Caxias do Sul, e então, escrevi estes
Versos pra o frio e o vento que tanscorria naquela oportunidade.