Povo das águas
Ondas furiosas se erguem
Tentando engolir a inocência
Que luta bravamente
Espera e quer sobreviver
Crianças sobem no convés
Satisfeita, espreita a indecência
Aliciando covardemente
Quem luta para viver
Mais uma inocência ultrajada
Mais uma esperança vencida
Meninas que se fazem moças, exploradas
Homens que se tornam bichos, demônios
Governo inerte que não vê nada
Mídia que ignora, vendida
Crianças sendo violentadas
Frustrando a inocência, frustrando sonhos