O CANTO DAS ÁGUAS
Águas cristalinas; manso rio,
Noite que assiste espelhada,
O velho barco escorregadio,
O compasso de cada remada.
Os olhos vivos do pescador,
A prata da lua na margem,
As garças, os jaburus, os jacarés, a cor
Verde dos gafanhotos; a coragem.
Ao longe, lamparinas acesas,
O eco de cantigas bonitas,
No suave reinado da pobreza,
Sonhos infantis habitam as palafitas.
Um belo mundo de matas e lendas,
De muitas vidas elementares,
De festas, religiosidade e oferendas,
De lutos antecipados e pesares.
A terra – o homem – o elo,
O paralelo de cada alvorada,
Porções de um Amazonas tão singelo,
E muitas almas esperançadas.
Águas cristalinas; manso rio,
Noite que assiste espelhada,
O velho barco escorregadio,
O compasso de cada remada.
Os olhos vivos do pescador,
A prata da lua na margem,
As garças, os jaburus, os jacarés, a cor
Verde dos gafanhotos; a coragem.
Ao longe, lamparinas acesas,
O eco de cantigas bonitas,
No suave reinado da pobreza,
Sonhos infantis habitam as palafitas.
Um belo mundo de matas e lendas,
De muitas vidas elementares,
De festas, religiosidade e oferendas,
De lutos antecipados e pesares.
A terra – o homem – o elo,
O paralelo de cada alvorada,
Porções de um Amazonas tão singelo,
E muitas almas esperançadas.