O Despertar de um Devaneio

Semente do amor, que nasceste em um

Canteiro de terra fértil, cultivado pelas

Mãos da esperança, adubado com carinho e

Irrigado com lágrimas de mãe verdadeira.

Geraste forte, neste útero tão sereno

E tranqüilo como teu adormecer,

Embalado e alimentado por um

Coração que pulsa em ritmo de amor.

Rompeste o mural do universo maternal

Para o mundo do sol,

Que hoje ilumina e aquece o despertar

De tua nova vida.

Nasceste em florida primavera,

Perfumando teu lento despertar de criança,

Para um caminhar de sonhos,

Que o levará a realidade do amanhã.

Cobriste com manto bordado de estrelas,

Para abrigar-te das noites frias

E cintilar nas noites escuras

Dando um trilhar de luz num devaneio colorido de esperança

Choraste os sonoros acordes que simboliza

O raiar da vida.

Inflaste teus pulmões com essência do verde da natureza

E banhaste nas águas que brotam do seio da terra mãe.

Abriste os olhos e ofertaste teu primeiro sorriso

Para aquela que te acolheu no seu berço materno,

Agora te comprime no peito amamentando-te

Com o colostro segregado dos seus seios.

Recebeste o amparo das mãos da ternura

Protegendo teus cambaleados passos,

Até vestir o uniforme azul e branco

Para sentar no banco do saber

E ler as mais simples palavras

Que exprimem um manifesto de amor.

Viajaste para o mundo de sustentação econômica

A procura da independência do pensamento

E da liberdade do viver,

Dando vazão a metamorfose da personalidade

De criança para mulher, acelerando em teu peito

Um coração confuso.

Vagueaste na tua mente a insegurança,

Ao deparar-te com a encruzilhada da vida,

Deixando teu cérebro rodeado de dúvidas

Da trilha que escolheste para a caminhada

Do teu florescer de mulher,

Que desabrocha do universo de sonho, para o despertar da realidade.

Não deixe que as ervas daninhas

Aniquilem teu corpo jovial

Que hoje exala perfume e beleza no jardim da juventude,

Que o frio da solidão não emudeça teu cântico de amor

Para que teu hoje alegre,

Seja teu amanhã de sorriso.

Otaviano de Carvalho
Enviado por Otaviano de Carvalho em 01/10/2008
Código do texto: T1206662
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