O FILHO DA LIBERDADE

Eu já nascí aos sete meses

Virei guasca louco e meio

Só me banho algumas vezes

Quando amarrado ao esteio

E ao soprar do minuano

Eu jamais me acostumei

Ao passar de muitos anos

O roto poncho não deixei

Adeus sangas das campanhas

Vou ao rumo dos currais

A viração já traz a manhas

De minha prenda nos trigais

Quando avisto a minha china

Roço a espora no meu pingo

É o lado bom da minha sina

Sou bem feliz não choromingo

Vou bem firme no costado

E o tobiano me transporta

Assim vivo entre meu gado

E um amor que me conforta

Elopere
Enviado por Elopere em 18/09/2008
Código do texto: T1184167
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