O FILHO DA LIBERDADE
Eu já nascí aos sete meses
Virei guasca louco e meio
Só me banho algumas vezes
Quando amarrado ao esteio
E ao soprar do minuano
Eu jamais me acostumei
Ao passar de muitos anos
O roto poncho não deixei
Adeus sangas das campanhas
Vou ao rumo dos currais
A viração já traz a manhas
De minha prenda nos trigais
Quando avisto a minha china
Roço a espora no meu pingo
É o lado bom da minha sina
Sou bem feliz não choromingo
Vou bem firme no costado
E o tobiano me transporta
Assim vivo entre meu gado
E um amor que me conforta