A Feira
A Rua Cuiabá é onde os feirantes douradenses montam suas barraquinhas para vender seus produtos da terra e manufaturados artesanalmente. Produtos deliciosos. É um "ponto de convergência". Quando não tenho nada para comprar, estaciono meu carro por perto e vou andar pela feira e me deliciar com o cheiro de verduras, frutas, pastel feito na hora, garapa de cana e outras tantas delícias. Delicie-se com o texto:
A Rua Cuiabá
É uma dessas ruas pacatas
Com gente aqui e acolá;
Correndo contra o tempo,
Na luta,
Pegando na batuta
Para o pão ganhar.
Mas no fim de semana
A rua é um ponto de convergência
Com urgência
O cidadão se esquece da vida,
Da luta sofrida,
Mesmo com canseira,
Pega a mulher e a prole
E vai para a feira.
Ah! É da feira que eu quero falar,
Gente de todo lugar,
Uns para fazer um bico
E não “pagar o mico”
De ver o pão faltar;
Outros que não querem nem saber,
Vão é festar.
Na barraca de Dona Ana
Pede-se um caldo de cana;
Na pastelaria do Bem Bom
Pedem: um de frango! Um de queijo!
Enquanto não sai,
Olha para a amada,
Tasca-lhe um beijo;
A molecada esfrega as mãos,
E com emoção dá a primeira mordida.
A feira não tem etnia,
E nesta via,
Tem gente de olhos puxados,
Outros de crânios achatados,
De ritmos mil,
De todos os cantos do Brasil.
A feira é uma miscelânea,
Uma coletânea de raças
Que com raça vencem o ardil.
Bem, a feira não é eterna,
E com uma voz terna
A esposa chama:
É hora de ir para a cama.
Que pena! Acabou.
Mas tem mais
No próximo final de semana!