O Jequi Que Passa Por Mim

Do chão que rasga neste canto

Nascem lindas águas cristalinas

De dentro do seu ventre brota e transborda

Verdadeira fonte de vida.

São mansas e doces águas

Acariciam este chão seco e sofrido

Bailando a natureza exuberante

A riqueza da vida e do verde

A inspiração dos versos de sua gente.

Plantas, bichos, peixes, cascatas

Folhas, flores, frutas e fartura

A festa que se faz lembrar

O encanto que se faz neste lugar.

Pena que tudo não permanece como antes

Aos poucos se invertem

O que de bom e belo que se tem

É arrancado pelos que se dizem civilizados.

Exploram, degradam, consomem

Retiram tudo que podem

Espremem a última gota de vida

daquele que sempre quis

Está vivo no meio de nós.

Psiu!

Ouço de longe um grito de socorro

Parece meio rouco, fraco, cansado

De tanto ser calejado, dizendo assim:

__ Cuidem de mim! Cuidem de mim!

Marileide Alves Pinheiro

(Uma homenagem ao Rio Jequitinhonha e a todas as pessoas que são do Vale. Povo simples, humilde, mas possui uma cultura maravilhosa.)

leidemarry
Enviado por leidemarry em 07/08/2008
Reeditado em 02/05/2012
Código do texto: T1117529
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