O Jequi Que Passa Por Mim
Do chão que rasga neste canto
Nascem lindas águas cristalinas
De dentro do seu ventre brota e transborda
Verdadeira fonte de vida.
São mansas e doces águas
Acariciam este chão seco e sofrido
Bailando a natureza exuberante
A riqueza da vida e do verde
A inspiração dos versos de sua gente.
Plantas, bichos, peixes, cascatas
Folhas, flores, frutas e fartura
A festa que se faz lembrar
O encanto que se faz neste lugar.
Pena que tudo não permanece como antes
Aos poucos se invertem
O que de bom e belo que se tem
É arrancado pelos que se dizem civilizados.
Exploram, degradam, consomem
Retiram tudo que podem
Espremem a última gota de vida
daquele que sempre quis
Está vivo no meio de nós.
Psiu!
Ouço de longe um grito de socorro
Parece meio rouco, fraco, cansado
De tanto ser calejado, dizendo assim:
__ Cuidem de mim! Cuidem de mim!
Marileide Alves Pinheiro
(Uma homenagem ao Rio Jequitinhonha e a todas as pessoas que são do Vale. Povo simples, humilde, mas possui uma cultura maravilhosa.)