A Retirante
Saí de arma em punho,
e de sonhos desolados ao chão.
Saí correndo sem rumo,
já nem me batia no peito um coração
O Sol me queimava os nervos cansados,
queimava a terra ao ar-livre(livre?)
Torrava minhas esperanças de um dia
não fugir mais sobre os solos rachados
Os olhos já secos de tanto chorar
se refletem na paisagem com a qual cruzo
A garganta seca de tanta água desejar
só da Terra,Seca e Sol faço uso
Vejo ao longe água borbulhar
corro,grito,choro, até que enfim vou liquidar
Essa sede com o líquido que vejo
Pulo forte, de ponta, incrível desejo
Que ironia não saber nadar !
*[comecei pensando em 'Maria Moura' com seu Memorial, e terminei pensando em 'Severino' com sua Morte e Vida]