QUASE TUDO ESTÁ NORMAL
QUASE TUDO ESTÁ NORMAL
Quase tudo está normal,
Na espera de um ano psicótico,
Destinado a ter práticas políticas;
A testemunhar interesses e pactos,
Que deixam pessoas um tanto eufóricas,
Outro tanto patéticas.
Culpadas as nossas mãos poéticas,
Por darem aval a uma gente sem prática;
Que em momentos lunáticos,
Sobre palanques cômicos,
De logística frenética,
Com traje e imagem na estética,
Caras e bocas simpáticas,
Discorrem programas fantásticos,
Ocultando a carência da ética.
Mas nem tudo perdeu a lógica,
Ainda há quem seja eclética,
Quem esteja driblando os céticos,
Quem esteja filtrando as críticas,
Quem deseje engrenar a máquina,
Para viver uma luta impávida.
Fátima Almeida
Abril/2008