EU MULHER DE MUITAS BANDEIRAS E DESTINOS

Eu mulher de muitas bandeiras e destinos
nascida da terra numa alvorada de primavera florida  perfumada por misteriosas essências e em holocausto oferecida  à vida 

 

 Tranquila, como um mar aprazível, no remanso do seu espraiar

quando preguiçoso, se deixa levar até às areias brancas e finas

das praias lusitanas, marcadas por segredos afundados no mais lindo

oceano, que na Atlântida é a guardadora dos seus rumores.

Bandeira do meu berço, que amo e respeito, pátria minha amada

de glórias tantas, desejos ardentes, de povo ousado bravo e destemido.

que pela verdade e glória por seus feitos,

enfrentou gigantes adamastores pela terra inteira.

“em mares nunca dantes navegados”

 

Sou, viço verde esperança na frescura e mistério

das terras remotas da galicia na sua religiosidade

Terra de corpo ondulante crenças ultra terrenas

lendas e histórias de encantamento como se música estranha

clame dentro de si a posse do meu ser

por entre aguas rumorejantes de recortadas rias

e serras e penedias altaneiras e que remotamente lhes terei pertencido.

 terra nobre, nacionalidade histórica de muitos povos que por ali aportaram.

as suas origens celtasa marcaram com o ferro em brasa  da influência cultural e

nos usos e costumes a cantam serenamente

“ los pinos” o cântico da liberdade a dor da emigração

que soa pelos pinheirais.

Poetas cantam com maestria cantares galaico-português

 

Sou parcela da alegria e da sensualidade agitada da raça luso castelhana

vestida do garrido das melodias ritmadas e

da brandura do oceanica e mediterrânica serenos mornos e apetecidos mas também bravos em fogo 
saidos de bigorna batida e sofrida  levantando vagas e naufrágios

Sou corpo duma Germânia antiga mistura louca concebida

dos longos silêncios das florestas e estepes insondáveis.

Terra de povos estranhos mas de soberanias impares

de neves frias na brandura de poetas e

contadores de histórias de glorias passadas e tristezas vividas.

 

O meu coração, esse foi moldado

 pelo mistério feiticeiro das terras da mãe África,

onde o sol é mais brilhante a terra mais fértil e

branda ,na sua ternura de mãe e, onde o mar tem a sua maior beleza.

Onde as melodias das sereias em noites de luar

continuam a encantar, que nem druidas

de outras paragens ali desconhecidas conseguem decifrar.

Terra ensanguentada, sofrida, que a epopeia dos homens canta. Planuras vastíssimas

de terras de fim do mundo que continuam a

.refrescar as bocas ressequidas de quem a procura.
Colo de mãe que chora os seus filhose os quer embalar
Tão remota como é a história de todas as histórias da humanidade, grava no meu coração a estrela dos holocaustos e o cantico dos escravos em terras de faraós e de toda a escravatura que o homem concebeu ecoa dentro do meu coração arrastando os grilhões que lhe tolhem a liberdade.
A palavra de Deus vem em revoadas de surpresas sempre desconectadas dos meus entendimentos.

Esta é a loucura que mora em mim destinos sem morada certa

sob o fantasma de bandeiras de várias cores

 insígnias que dentro de mim vivem e ressoam em poemas das madrugadas.

Que mais bandeiras e destinos povoam meu ser, que mais verdades quero conhecer , que mais mentiras quero destruir, encantamento que sinto e não sei julgar?

 

De t,ta

 

6 de Abril de 2008

5 h da madrugada   

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 07/04/2008
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T935124
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