Massificação inescrupulosa

Algo designado a tua evolução

Resulta em sua ruína

Você é majoritário nesta alienação

Imóvel neste cárcere invisível feito raça suína

Sofisticados internautas e telespectadores

Domesticados pela preponderância burguesa

Intelectuais pesquisadores de Ctrl C Ctrl V

Imortais da língua Portugueza

O próprio “cride” já não te suporta

Tu já não vislumbras a um palmo de seu globo ocular

Em sua mente não existe revolta

Eterno ócio, estagnado no teu vazio pensar

Sem que notasse, a morfina implacável

Em você foi administrada

Depois de dopado tu és inabalável!

Aos lúcidos você é nauseabunda, ó venenosa estrada

O sistema que para ti é afável

É inescrupuloso

Mas você já não pode sentir

Está preso por demais, ao eterno gozo