SEGUIR

SEGUIR

Já me fiz tua sombra seguindo-te

O teu seguir me sangra, Iludi-me

Já fiz da dor virtude, de espera

A raiva de querer-te, e não ter

O teu soberbo ordenar, e calar

Fez fissuras fundas, marcantes

A carne cortadas a navalhadas

Pousa o musgo doce de sua boca

Em meus lábios rubros ressequidos

Esqueço-me delirante em volúpias

Sobre lembranças longínquas ilusórias

Nos altares profanos ritual de lascívias

Onde se oferta, para o ogro algoz

A ninfeta bela pura ingênua e meiga

Sobre arcos do templo, magia perdida

Momentos lúdicos, escassos findaram

ADELE PEREIRA

21/06/19

Adelia de Melo
Enviado por Adelia de Melo em 14/03/2025
Código do texto: T8285387
Classificação de conteúdo: seguro