SEGUIR
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Já me fiz tua sombra seguindo-te
O teu seguir me sangra, Iludi-me
Já fiz da dor virtude, de espera
A raiva de querer-te, e não ter
O teu soberbo ordenar, e calar
Fez fissuras fundas, marcantes
A carne cortadas a navalhadas
Pousa o musgo doce de sua boca
Em meus lábios rubros ressequidos
Esqueço-me delirante em volúpias
Sobre lembranças longínquas ilusórias
Nos altares profanos ritual de lascívias
Onde se oferta, para o ogro algoz
A ninfeta bela pura ingênua e meiga
Sobre arcos do templo, magia perdida
Momentos lúdicos, escassos findaram
ADELE PEREIRA
21/06/19