Gulliver
Salvem o gigante!
Ele precisa de ajuda, está doente.
Salvem o gigante que não dorme, agoniza.
Escrevam uma nova história ou cantem um novo hino, mas que fale de sonhos verdadeiros e não de falsos oportunismos ou heroísmos.
Salvem nosso gigante!
Ele sofre.
Seu peito está exposto e a ferida queima como uma floresta.
Gnomos sem a estatura da dignidade brincam de reis em seu colo.
Não são mágicos, mas possuem poderes mesclados uns com outros, em uma teia opulenta sugada das entranhas dos insetos obesos, porém desnutridos de idealismo.
Salvem o gigante!
As velas já são vistas nos castiçais que enfeitam a sorte, de quem segue na vida, de quem para na morte.
A história dirá quem foi quem, neste ninho de abutres repletos de velhos ovos.
Aqui estão os campos, as matas, os rios, o ouro e o grão que mata a fome.
Mas é preciso ousar.