Quinto Império
Desde mil cento e quarenta e três
Ainda somos três.
Antes, Deus, povo e Rei
Agora, social, socialista e chega fazem a lei.
Se não fossem todos pelo mesmo fim
Diria que eramos uma pátria de marfim.
Cegos e ignorantes, és tu Portugal
E não me parece que te salve o Santo Graal.
Acorda nação, és uma!
Três, só Deus é em suma.
Quinto Império, vejo o início
Afundo para o fundo, é teu princípio.
Vem, Sebastião, ergue um bastião
Atira ao teu povo um clarão!
Ilumina os olhos empoeirados
Repletos de enganos pesados.
Portus Cale, porto és porto
Mas da Europa o mais morto.
Já não há padeira que mate
Que tire fome e punha esmalte.
O sangue do teu povo é outro
Porque o ouro agora vem doutro.
Somos imortais no fundo
Mas o teu grande povo está imundo.
Vamos bater fundo, irmãos
Mas desta vez no peito com as mãos!
Gritai em força, deixando o coração abrir
“Saudai o Sol que desponta sobre um ridente porvir”.