28 de Julho
No Maranhão, bravura a se mostrar,
Filhos fortes, destino a forjar.
Laços antigos, Portugal a ligar,
Resistência ao novo, a brilhar.
São Luís, praça a ecoar,
Sonhos de liberdade a brotar.
Guerra se aproxima, sem demorar,
Maranhão em tumulto, a se preparar.
Ano de 1823, história a narrar,
Lutas esquecidas, difícil de lembrar.
Independência exige, um preço a pagar,
Maranhão hesita, mas decide entrar.
Canhões e espadas, liberdade a criar,
Batalhas forjam, império a consolidar.
Nação emerge, entre clamor a soar,
Maranhão se une, ao libertar.
Vinte e oito de julho, data a gravar,
Maranhão ao Brasil, decide se dar.
Guerra cessa, liberdade a chegar,
Dia memorável, história a marcar.
Ruas e lares, celebração a iniciar,
Independência, após o sangue derramar.
Maranhão livre, pode respirar,
No Brasil, seu espaço a ocupar.
Oh Maranhão, não esqueças de honrar,
Filhos que lutaram, com amor a mostrar.
História de sombras, e luz a brilhar,
Liberdade custa, e devemos respeitar.
Batalhas de outrora, lições a dar,
Paz e liberdade, devemos valorizar.
Maranhão corajoso, sempre a recordar,
Justiça e luta, não podem parar.
Cantemos juntos, hino a entoar,
Gratidão pela liberdade, nosso pilar.
Maranhão inspira, sem cessar,
Por um Brasil unido, a se amar.
"A Guerra da Independência, ocorrida entre 1822 e 1824, representou a luta dos patriotas, aqueles que, imbuídos de um forte nativismo, se contrapunham à recolonização proposta pelas Cortes portuguesas.
As províncias do Norte, formadas pelo Maranhão, Piauí e pelo Grão-Pará, estavam mais ligadas a Portugal do que às províncias do Sul. Assim, quando foi proclamada a Independência, preferiram se manter fiéis às Cortes de Lisboa.
Em São Luís, capital do Maranhão, a esquadra de Lord Cochrane ameaçou bombardear a cidade, conseguindo a rendição dos portugueses, em 28 de julho de 1823."