Onde anda voce
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Finalmente parei para dar um jeito nas minhas coisas
Organizar o que há muito precisava de uma boa ordem
Verdade a desordem já estava perpetrada
Tal qual na sociedade inculta que vê nos atos políticos, ordem
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Como esperado, o início não foi nada fácil
Objetos antigos lembrando atos passados atiçavam minha mente
A retiradas de seu lugar levava a um certo desconforto
Era meu ego procurando dar vida aquilo que deveria fazer parte do passado recente
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Observando os ajustes constatei a similaridade com o mundo
Como é difícil mexer em coisas que um dia nos deram prazer
Tudo nesta vida necessita uma nova roupagem, mas
Complicado abrir mão do que um dia foi difícil obter
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Cada minuto vivido, os momentos de hesitação lembrados
Todos têm um peso na constituição de um novo ser
Impossível dissociar o passado do presente
Sem sentir na pele como dói alterar sua forma de viver
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Sei que nessas horas chorar ajuda um bocado
Faz um bem enorme desabafar entregando nas lagrimas o sal interior
Quem dera nesse mundo os problemas se resolvessem com palavras
O mundo estaria bem melhor deixando de maquiar a dor
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Pois é; te pergunto duas coisas: onde anda você?
Onde foi parar teu senso de justiça e verdade
Um dia nos disseram que a vida lá fora seria melhor, mas
Sinceramente, com tudo que está aí, você ainda crê na atual realidade?
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Manoel Claudio Vieira – 08/12/23 – 00:27h