Plinianos

Ai, que lindo,

Um rapazinho!

Um guri de uniforme verde, adultinho pliniano

Ele tem lencinho branco e sapatinhos de verniz!

Ai, que pulcro,

Uma moçoila de blusa na cor da mata profunda!

Será que dormem à noite em um quarto azul...

Com estrelas que lembram as do cruzeiro da bandeira em suas mãozinhas?

Repete-se o signo matemático nas bolachas costuradas às suas mangas

E que eles não compreendem

Vestidos por uma faixa bicolor desfraldam seu pavilhão,

Que empunham como piqueiros,

Atada a um mastro enrolado em uma fita alviceleste

Que finda numa roseta nas mesmas cores

Uma bicicletada, mocidade empolgada

Desmontados caminham alegremente

No guidão de um lado, pende uma flâmula integralista

N’outro, uma flâmula da bandeira nacional

Ao meio levam ainda buquês multicolores

Os raios múltiplos ofuscam a visão, deixando suas escleras luzidias

Este jardim de panóplias divide-se nas alas de meninas e de meninos,

Que se arranjam tal qual uma revoada migrante, em setas decididas.