TERRA DA PALMEIRA E DO SABIÁ
Minha terra teve escravos que agora libertos estão
Foram aviltados e em porões tiritaram de frio
Foram trazidos por homens destituídos de coração
Como animais acorrentados na escuridão do navio
A cada porto que desembarcavam eram bem recebidos
Não sabiam a triste destino que os aguardava na lavoura
Chicoteados nos troncos como se fossem uns malditos
O choro silencioso clamava por uma mão salvadora
Minha terra foi invadida por aventureiros holandeses
Que das entranhas da terra usurpariam nossas riquezas
Não podiam ficar de fora os corsários e os franceses
Mas sempre prevaleceram as conquistas portuguesas
A arquitetura da cidade demonstra nossa diversidade
Pois todos trouxeram para cá um estilo da sua nação
A mistura culinária é um convite para a obesidade
A etnia de seu povo vem matizar a nossa população
Minha terra tem poetas que versejam o alegre sabiá
Escritores que se destacam pelos pensamentos e ideais
Políticos famosos que seu carisma ao povo sobe conquistar
Nossa cultura nossa riqueza e florestas virgens naturais
Os escravos fazem parte da história que ficará na lembrança
Os conquistadores que nos deixaram à arquitetura de seu país
Hoje são apenas lições pedagógicas ensinadas as crianças
Passear por suas ruas é te exaltar minha querida São Luiz
Minha terra tem palmeiras que fazem sombras pelo chão
Suas copas sempre abertas é o palco para o sabiá gorjear
Os bandos vêm fazê-la de hotel e ouvir o canoro cancão
O babaçu seu fruto é o leite que vem ao filhote alimentar
Minha terra tem palmeira que Gonçalves Dias na poesia exaltou
Não encontrava na outra os primores que alegrava seu coração
A historia não relata se para lá ele realmente um dia voltou
Terra saudosa e bela é você meu querido e amado maranhão.
Artonilson Macedo