Distopia

Noites vazias de luas, sol viúvos de dias.

Ambiente cortado ao meio por foices de “justiceiros.”

Um começo destruidor que parece não ter fim.

Será esse o nosso fim?

Verde com tom cendrado, azul manchado de ruge,

Amarelo em plena ferrugem.

Vamos dar parte!

Isso é estupro de estandarte!

De um lado, deboche.

Do outro lado, fantoches!

Bocas com enfeite de açaime.

Outras, adorando os infames.

Agro passando fome.

Sede nas margens dos rios.

“¿Qué pasa”, ó nação varonil?

Que noites são essas viúvas de luas?

Que sol é este, vazios de dias?

Amarga distopia!

Mas, “Não temais ímpias falanges

Que apresentam face hostil”.

Receba “o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil”!