RELÓGIO DO SÉC. XVII MARCA A HORA DO TERROR
Trogloditas não precisam saber das horas,
não têm memória.
Nas cavernas, vagos resquícios da sua história.
Agora,
cataram alguns dos seus imitadores excêntricos,
ainda nus, inocentes,
e os vestiram "patrioticamente"
com as cores e tecido da briosa bandeira brasileira.
Despejaram todos, com os seus matulãos,
no centro do poder da nação.
O que era cercadinho virou grande curral:
porteiras abertas para um bizarro desfile nacional.
Bandeiras bundeiras, triste destino do nosso pendão!
No chão, disentéricas sujeiras.
Não havia jornal: "não faz mal"...
Limparam-se com a bandeira nacional.
Depois, como sempre o fizeram,
atiraram nossa bandeira numa lixeira.
De resto:
o fedor do horror, do terror e do desamor.
Assustadoras cenas que o velho relógio marcou.
Relíquias não têm sentido
nas mãos de um ser bandido,
estúpido e sem valor, que o espatifou.
Se os servidores e esquisitos seguidores do "mito"
cumprissem os seus deveres,
talvez tivessem encontrado outra forma
- menos dolorosa, menos trágica e menos desonrosa -
de se despedir da sede da Praça dos Três Poderes !!!...
Livremo-nos deles !