POVO MARCADO... POVO FELIZ!
POVO MARCADO... POVO FELIZ...
Parodiando a canção faço minhas estes versos sobre um povo marcado...
Mas, é incrível como ele se mostra “feliz”! É a sua matriz escravocrata
Preza às correntes das elites acomodadas em confortáveis tronos de um
Reinado, assentado sobre seu baú de dólares, à sombra de luxuosos
Apartamentos, e degustando seu caviar e sorvendo seu vinho envelhecido!
Enquanto lá fora, um povo marcado pelos vendavais da vida insana e
desumana... Uns passam fome, outros frio, e outros ainda tropeçam nos seus
próprios entulhos, que, lhe veem ao seu caminho como embrulhos...
Mas, apesar disso, um povo “feliz” e dominado sem saber nem perceber!
Atados aos cabrestos da opressão tirana de um capitalismo sem civismo,
Vive com altruísmo, e fazem acenos com o chapéu dos outros às mãos...
Irmãos no desalento de uma família abandonada e sem recursos nem
Financeiros, nem intelectuais, e muito menos morais!
“Marcado e feliz”, uma dicotomia perversa, mas bem aceita como verniz!
Povo que não sabe o que diz. Não sabe o valor do voto. Mas, adora
Mulher, cerveja e samba! Nisso ele é feliz... Baixos salários, falta de
Moradia, sem segurança, casa cheia de filhos, numa vida que aflora
E põe para fora toda a bronca e a inveja, dos que trabalharam para
Ter alguma coisa... Que fizeram parte dos meios de produção e sem
Noção, esperam tudo do governo. Não mexem uma palha nessa fornalha!
Povo sem identidade, nem compromisso cívico com a sua pátria!
Sem memória de sua história... Cujo protagonismo é o aqui e agora!
Só sabem o que está dentro dos seus interesses. Ignoram o lá fora!
Povo feliz, pelos finais de semana com farofa nas praias... No convívio
Com as maracutaias e fofocas... Como dondocas nas janelas...
Mergulhado nas invejas, estão sempre de olho nas cerejas aleias!
Povo marcado com as marcas de sua própria imaturidade e ausência
De sabedoria. Aprecia viver de orgias na ignorância, alienação, e,
Atração ao ódio, desonestidade, e do politicamente correto como a corrupção!
Povo feliz, que come nas mãos dos corruptos e ladrões eleitorais!
Anais eternos, que ficarão para o conhecimento de nossos netos!
A verem o que fizemos com nossa pátria... Nossa democracia!
Povo sem empatia com a democracia, mas, com o despreparo com
A cultura política é facilmente conduzido, e, manipulado como
Fantoches no teatrinho infantil! Nem ao menos uma luz nesse funil?
A nossa sina é, e, será por um longo tempo, um povo marcado e
Um povo feliz, pela sua santa inocência, sem a prudência da razão,
E, do raciocínio cultural, que, o manterá prisioneiro num eterno curral!
Jose Alfredo