(In)Logos, Parte II: A Política como Ira Armamentista

A ascensão das máquinas e suas informações inúteis,

Intuitiva sem manual de instruções

Até o corpo físico desmaterializar-se diante dos sentidos

A morte já teria o corroído por completo

Emparelhando escolhas,

Deixando-as para depois

A distração ainda é uma perspectiva

E ideologia perigosa para teu capricho

Inventado escolhas que não existem para teu céu de réus

Um comício como um purgatório, uma presunção de dúvida

Expurgada, há espaço tão somente para soldados

Disciplinados e comprometidos com a causa

Para você, eu sou um corpo com um precipício no lugar do rosto,

Engulo tua pouca memória ao meu respeito

Pôde substituir-me com a face que preferires

E ainda sim, escolhera uma figura paterna para projetar-se

Um fantasma caricato de um conhecido teu

Acorrentado em canetas e regras de etiqueta

Tencionar o movimento de transbordar, aceitar o verbo

Assistir, um por um o castelo de álibis ruir

Meu nome esteve varrido para o teu sagrado esquecimento

A casualidade me aceita, cristo e sua face efêmera editada,

cadáveres de açúcar para meio entendedor,

Sem nenhuma referência basta

Longe e distinto, soando como um ruído indecifrável,

Assistindo meu protetores barganhando meu espaço

Todas as profecias que surgem são fáceis,

A esta altura, o que se confirmará é a queda

Há muitas imagens de Judas nesta era:

Judas nos joelhos, Judas de estimação, judas nos espelhos

Judas persona jurídica, Judas na farmácia, Judas nas telas,

Os três poderes são formadas pelas três faces de Judas. Me relevem...

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 23/11/2022
Código do texto: T7656657
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