Censura ao vermelho

Fizeram questão de rimar rancor a dor

E ainda pregaram ódio e desamor

Então vamos falar da tal cor do amor

Quem sabes após estas flores você esqueça esse ardor

A ti que nunca correu ladeira a baixo atrás da bola

A favela venceu desde a primeira roda

Mané garantir Uber para sua regalia particular

Eu quero é favelado formado no vestibular!

Ódio ao vermelho, ódio veste preto

Mas não viram no meio fio o estudante baleado

Era marginal no olhar de empresário

Mas era o filho esforçado da dona Lúcia que mora aqui ao lado

Ódio ao vermelho, minha bandeira jamais será vermelha

Roubaram nosso verde e amarelo na maior cara de pau

E chama de ladrão o filho do brasil?

Lembrei dos portugueses que fizeram genocídio dos meus antecedentes

Ódio ao vermelho, Bolsonaro não é coveiro

Milícia é opressão que bota horário de retirada nas estradas

Que alveja carro dos que pensam contra suas rachadinhas

Isso sim é corrupção, "chupetinha de milíciano"

Censura ao vermelho, não temos mais espelhos

A justiça é cega junto a fake news de grupo de zap

Mas chamaram de escroto o professor com mestrado da escola pública

Houve liberdade de expressão até na quinta série

Mas não teve a aceitação da derrota que tão bem o serve

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 01/11/2022
Código do texto: T7640243
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