Censura ao vermelho
Fizeram questão de rimar rancor a dor
E ainda pregaram ódio e desamor
Então vamos falar da tal cor do amor
Quem sabes após estas flores você esqueça esse ardor
A ti que nunca correu ladeira a baixo atrás da bola
A favela venceu desde a primeira roda
Mané garantir Uber para sua regalia particular
Eu quero é favelado formado no vestibular!
Ódio ao vermelho, ódio veste preto
Mas não viram no meio fio o estudante baleado
Era marginal no olhar de empresário
Mas era o filho esforçado da dona Lúcia que mora aqui ao lado
Ódio ao vermelho, minha bandeira jamais será vermelha
Roubaram nosso verde e amarelo na maior cara de pau
E chama de ladrão o filho do brasil?
Lembrei dos portugueses que fizeram genocídio dos meus antecedentes
Ódio ao vermelho, Bolsonaro não é coveiro
Milícia é opressão que bota horário de retirada nas estradas
Que alveja carro dos que pensam contra suas rachadinhas
Isso sim é corrupção, "chupetinha de milíciano"
Censura ao vermelho, não temos mais espelhos
A justiça é cega junto a fake news de grupo de zap
Mas chamaram de escroto o professor com mestrado da escola pública
Houve liberdade de expressão até na quinta série
Mas não teve a aceitação da derrota que tão bem o serve