Mito?

Há de se direcionar a lente para mitologias.

Nem à direita, nem à esquerda, mas acima...

Alta Meteora, baixa Brasília, elevada Atenas.

Simbolismos, alegorias, ainda que sem alegrias.

Houve encanto nas tragédias teatrais do acervo Helênico.

Se ouve o espanto nas tragédias do servo do morticínio viral.

Que valor têm figuras que moldam toda uma civilização?

Que legados ficam dos valorosos povos?

Cronos consolida a filosofia das relevantes mentes.

Esopo, Platão, Sócrates, Hipócrates...

O tempo revela o que é imperativo Jair se esvaindo...

Nota de rodapé da história, rejeito do kósmos.

As virtudes cardeais resplandecem, alguns líderes pastores mentem.

Transitórios e efêmeros poder e governo, dominações e doutrinações.

Grega cultura, alicerce do Ocidente, coluna da sapiência.

Cega estrutura de pensamento na ciência do rebanho tupiniquim.

Na água, sobre um jetsky, caricatura do tridente de Poseidon.

Paranoá, proporcional espelho d’água, se apequena em relação ao mar.

Se em terra, montando um cavalo, que estapafúrdio centauro.

Foi eleito um presente de grego, tormento transnacional.

Cachaça, a etílica ética que desonraria Dionísio.

O pão com leite condensado versus o pão com azeite grego.

O fruto da oliveira, por ele a árvore é conhecida, apreciada.

Carvalho olavista, tão apodrecido, tortuoso e sem raízes.

Alvorada e Planalto, sem lúmen e o relevo do Olimpo.

O berço da Democracia vilipendiado pelo túmulo do presidencialismo.

Ainda assim, mesmo sem proporção áurea, alguns traços comuns.

Constituinte de um valoroso 1988, Ulysses honrou Odisseu.

Augusto Matos
Enviado por Augusto Matos em 28/05/2022
Reeditado em 28/05/2022
Código do texto: T7525393
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