Os Ossos do Mundo São os Frutos Amargos do Descaso
Eu vi e interpretei
A torrente farmacêutica
A língua que revira revolta
Ungida sob a terra seca da promessa
Seus suspiros uivavam estridentes
Com ossos agrupados em uma dança
Com bisturis e outros instrumentos cirúrgicos
Impunidade e heróis apêndices
No ventre de toda a tua fala
Insone perfume de vala aberta
Teus feitos, suprimidos nos olhos da vigília
Velando corpos de coronéis exumados
Saliva em calcanhares
Usa o cadáver de famílias
Canta imbróglios divinos da surpresa do espírito
Um cadafalso se abre e aos poucos lhe engole
Desfaça todos os teus sonhos
Hão de tê-lo por carne objetiva
Tiram tua língua, solvem teu pecado
A harmonização do diabo em novo trajes
Grifa a euforia, como desrespeito
Morte à cigarras, convento às uvas
Todas confissões amargas do teu silêncio
Encaradas por álibis de borracha seca
Eu observei seus crimes, e me calei
Tudo é um movimento astuto de uma roda
Estagnar engrenagens, estancar sangrias
A máquina move-se com qualquer sangue
Nem o sim e nem a permanência
O instante na manufatura do mundo
Uma cópia de uma cópia azeite de Olivia
Proclamada o próprio júbilo supremo