Áspera avenida das desilusões
És que esse tempo é atemporal
Como a ditatura de tua tirania
Nas guerrilhas de minhas dores
Eu sinto o poder da flor se esvair
O fogo da fúria armada que derrama
O sangue inocente de tempos tão idos
Que se foram o anacronismo em utopia
Libertando toda a dor do povo que sofre
Sem perceber a atual decadência social
No instante de morte e talvez de sorte
Vivo na áspera avenida das desilusões
Vivo na solidão para acabar a nostalgia
De sentir breve e tão longo sofrimento
Num caminho triste e solitário de viver
Seduzido por ideal social e humanista...
De uma ilusória tão sonhada revolução
Que sonhou em mudar esse tal mundo!
Mas perderam os seus sonhos na prisão
Na luta desigual entre forças desiguais
Ainda assim lutaram por liberdade e fé.
Dedico essa poesia em memória dos que lutaram e morreram pela a liberdade e pela a democracia; para que sejam sempre lembrados.
TEXTO DO LIVRO:
SOLIDÃO POÉTICA/ 2016.