Áspera avenida das desilusões

És que esse tempo é atemporal

Como a ditatura de tua tirania

Nas guerrilhas de minhas dores

Eu sinto o poder da flor se esvair

O fogo da fúria armada que derrama

O sangue inocente de tempos tão idos

Que se foram o anacronismo em utopia

Libertando toda a dor do povo que sofre

Sem perceber a atual decadência social

No instante de morte e talvez de sorte

Vivo na áspera avenida das desilusões

Vivo na solidão para acabar a nostalgia

De sentir breve e tão longo sofrimento

Num caminho triste e solitário de viver

Seduzido por ideal social e humanista...

De uma ilusória tão sonhada revolução

Que sonhou em mudar esse tal mundo!

Mas perderam os seus sonhos na prisão

Na luta desigual entre forças desiguais

Ainda assim lutaram por liberdade e fé.

Dedico essa poesia em memória dos que lutaram e morreram pela a liberdade e pela a democracia; para que sejam sempre lembrados.

TEXTO DO LIVRO:

SOLIDÃO POÉTICA/ 2016.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 11/04/2022
Reeditado em 17/05/2022
Código do texto: T7492567
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