Heu Brasil
Ó Brasil do abastado!
O seu filho retardado,
Chora humilde, aos seus pés.
Valoriza a "rima" rica,
"Rima" pobre sempre fica,
Esquecida, às ralés.
O meu brado de repulsa,
Tange na veia que pulsa,
Vem suprimindo o voraz.
Antagonismo cruel,
Quebra a taça, bebe o fel,
Em um anelo sagaz.
Outrora, o inconfidente,
Quis redimir sua gente,
Embalde, lutou com razão.
O seu peito astuto, ardil,
Repudiou um Brasil,
Concebendo outra nação.
Faço aqui, minha queixa,
Aproveitando a deixa,
Da sua demência louca.
Venha, me peça perdão!
Abra as portas da nação,
Passa mel na minha boca.