A ESPADA VANDALIZADA
Não, não e não! Assim não pode continuar
Esta Justiça e este miserável fatalismo!
A Alma da Nação está mesmo a agonizar
Por não ter força pra banir o vandalismo!
A Excalibur – que este Portugal construiu! –
Não pode continuar a ser vandalizada
Pela própria Justiça que pra isso contribuiu
Pois, sem rei nem roque, sua Lei não vale nada!
Não, não e não! O Fundador não o merece
E nem mesmo o Escultor – que à Obra deu a mão
E que a nossa Cultura e Arte nunca esquecerão –
Mas qu´ a Justiça, de má fé, agora esquece…
O Património deste País parece estar,
Desde há muito, totalmente menosprezado
E, em contrapé, o Saber vive mascarado
Co´ a herança dos valores sempre a minguar.
Ai, Rei Afonso, Rei Afonso, vibra a Espada
Que tens na tua mão, sobre a infernal cabeça,
E grita aos quatro ventos de uma assentada:
Vá, vade Retro… e que nunca mais aconteça!
Não, não e não! Que enorme OFENSA à Cidade
É feita co´ este gesto, qual golpe de punhal:
Pois é a maior vergonha contra a Liberdade
Ao s´ esquecer que nela nasceu PORTUGAL!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA