HERÓI SUPREMO
...
Havia no horizonte um chamado
em solo, um desejo:
Paz, harmonia, democracia.
As hienas riscaram seus dentes
dentro dos seus lustrosos gabinetes,
Urubus voejando de um a outro lado
em mansões erguidas sobre a vida
dos inocentes.
O demônio sangra e a cor de sua dor
é pútrida, fétida,
como o hálito de suas sentenças,
o beijo de suas bravatas.
Somente o Herói desfila intacto.
Milhares de vermes em seus microfones patéticos,
nas redações dos imundos panfletos
desafiam a imagem, criticam a verdade,
insistem em mudar a realidade,
São inúteis a soldo, palhaços de um circo deslonado,
zumbis que gralham para si mesmos.
O Herói ri.
A pureza dos olhos esperançosos,
crianças, velhos, adultos, jovens,
ilumina o trajeto, marca o caminho, impõe o destino
livre da nação,
repudia o manto negro da submissão,
enterra a pesquisa absurda sob milhões de
pés retumbantes como os tambores da guerra.
E guerreiam sem vítimas, desnudam a vergonha dos canalhas,
Expulsam o Mal das faces sorridentes
dos muitos miseráveis que labutam contra
tudo e todos.
Falecidos apenas os argumentos em terra.
O Herói venceu e vencerá de novo.
Por mais que o subestimem,
ataquem-no,
amordacem-no,
Ele está vivo.
Herói é o POVO.
o POVO que não suporta mais
as narrativas mentirosas,
os negócios absurdos,
O POVO que escolheu seguir quem o ouve,
quem o respeita.
quem o segue.
O POVO, Herói Supremo, escolheu.