Pobre tão rico
Eu sou ouro
Sou grafite
Eu namoro diamante
As minhas veias são madeiras
Madeiras deslumbrantes
O meu sangue é petróleo
A minha pele é carvão mineral
O meu fluido corporal
É gás natural
Os meus acentos são pedras preciosas
Eu sou dono das terras arenosas
Eu sou dono de marfim
Os meus filhos são bauxitas
Eu nasci numa ilha
E cresci nos abraços das águas do Índico
Mesmo assim!
Continuo o pobre do terceiro mundo.