In Belo Horizonte
Lá vai ao longe as promessas de um Belo Horizonte;
Os olhos sujos, ninguém coube abraçar;
Lembrei de você, como promessas lançadas no Monte;
E o seu adeus veio sem disfarçar.
Entre montanhas e entranhas senti seu cheiro cerrado;
Encoberto por temperos mil, me perdi no teu Curral;
Tomei em meus braços seus Buritis; descampado pela Floresta
Corri feliz por seus Prados até encontrar minha Turquesa;
Em suas igrejas, vi esculturas e peças Barrocas;
E o Santo Papa em sua nova casa desejou-me Boa Viagem embaixo do arboral;
Para Santa Lúcia roguei Piedade aos filhos deste Cruzeiro;
Perante teu céu visitei os mistérios desta Serra
para degustar dos frutos das Mangabeiras.
No paraíso do Belverede chorei diante dos brilhantes que ornavam
o teu céu;
Achei-me distante de profundas lembranças e retornei a Portugal.
Mas sem antes tocar nas terras do Estoril;
E como criança corri tão depressa que achei meu tempo sem Contagem.