In Belo Horizonte

Lá vai ao longe as promessas de um Belo Horizonte;

Os olhos sujos, ninguém coube abraçar;

Lembrei de você, como promessas lançadas no Monte;

E o seu adeus veio sem disfarçar.

Entre montanhas e entranhas senti seu cheiro cerrado;

Encoberto por temperos mil, me perdi no teu Curral;

Tomei em meus braços seus Buritis; descampado pela Floresta

Corri feliz por seus Prados até encontrar minha Turquesa;

Em suas igrejas, vi esculturas e peças Barrocas;

E o Santo Papa em sua nova casa desejou-me Boa Viagem embaixo do arboral;

Para Santa Lúcia roguei Piedade aos filhos deste Cruzeiro;

Perante teu céu visitei os mistérios desta Serra

para degustar dos frutos das Mangabeiras.

No paraíso do Belverede chorei diante dos brilhantes que ornavam

o teu céu;

Achei-me distante de profundas lembranças e retornei a Portugal.

Mas sem antes tocar nas terras do Estoril;

E como criança corri tão depressa que achei meu tempo sem Contagem.

Marcelo Taranto
Enviado por Marcelo Taranto em 09/03/2021
Código do texto: T7202907
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