Morre uma Nação

De joelhos, beijo o meu solo

Solo esse que me deu vida

Que me cerrou qualquer ferida

Das gloriosas guerras de Apolo

Deitado, tenho nos olhos presente o céu

E admiro o glamoroso Sol

Debaixo do qual tudo nasce, e tudo morre

Agradeço a Deus pela dádiva que me deu

Pois foi da terra que se fizeram Adão e Eva

Foi com barro que o Homem se fez

É na terra que o Homem descansa de vez

Quando acaba o tempo, e a morte o leva

É a este pedaço de terra, de nome Portugal

Que as raízes da vida me prendem

Onde portugueses, portugueses se sentem

Onde Fátima nos guarda de todo o mal

Portugal, jardim de lusitanos!

Já faz tempo que aqui não chove

Faz tempo que nada se move

Faz tempo... Portugal... Faz anos

Anos desde que entraste em decadência

Caem folhas, murcham flores

Tudo é cinza, morrem cores

Perdeste a tua essência

Sucumbido em ruínas fúnebres

Portugal, estás sem salvação

E parte-se-me o coração

Quando vejo os teus jardins lúgubres

À espera de D. Sebastião

Está um povo, sem país

Um jardim sem raiz

Morre uma Nação

Christophorus Columbus
Enviado por Christophorus Columbus em 01/03/2021
Reeditado em 22/02/2023
Código do texto: T7196215
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