Políticos de Granizo
- dueto de Beatriz Nahas e Miguel Jacó

A revolta do povo
deixa as nuvens carregadas
pelo governo o abandono
das pessoas encharcadas.

Alguns políticos se tornam ilusionistas
trazendo com a chuva a neblina.
E assim, o povo fica cinza
como o céu ranzinza.

Do nada ele vomita uma sandice tempestuosa
Como se fosse um barril de pólvora
independentemente do estrago pronto a ser jogado
E o povo que o elegeu se sente desapontado.

Sentindo raios, trovões e ventos, sem norte
o povo vive segundos de gris sem suporte
como se uma chuva de gelo e uma enchente
destruíssem as ruas da nossa vida despreocupadamente.

É tanta a revolta que em forma de granizo,
O povo sofre, chora e se manifesta num grito
Como nesse poema em que se ouve o barulho da chuva
tão forte, tão brutal e tão catártico como nunca...

Intensa interação de:
-Jacó Filho


DEVOLVAM MEU VOTO

Votei e não posso alegar inocência,
Mesmo assim poderiam me respeitar.
Tão logo toma posse, a indecência,
Começou ser ferramenta pra mandar...

Mata a lava jato sem ter clemência,
Começa pelo Moro perdendo seu lugar.
Votei e não posso alegar inocência,
Mesmo assim poderiam me respeitar.

Negar com cinismo toda virulência,
Provoca tantas mortes que assusta,
Desonrando a nobreza da presidência.
A justiça não foi ágil e nem justa.
Votei e não posso alegar inocência.

Beatriz Nahas e Miguel Jacó
Enviado por Beatriz Nahas em 12/01/2021
Reeditado em 03/11/2022
Código do texto: T7158269
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