E Agora é o Leite...
A quantas anda o meu país...
Não posso negar-me a raiz.
Sou alguém, aqui me fiz.
Escuto desde menina
Que para o pobre
Sofre é a grande sina...
Poderosos entram,
Poderosos saem...
E as coisas não mudam
São só promessas e nada mais...
Em quatro em quatro anos
Em dois e dois anos
Nada se cumpre, nada se faz.
Então acontece a virada histórica
Caem os discursos, destroem-se sonhos
Seguidores, militantes sem retóricas...
Cada dia uma novidade...
E é porque tudo anda “bem”
Economia passa bem,
Desemprego também...
E o pobre do homem brasileiro
Como sempre ainda nada tem.
Sem educação, sem sorte, sem saúde...
E agora piorou, acabou a decência
Se é que um dia existiu
Nem o leite, nosso cálcio às pernas
Está livre nesta pátria mãe “gentil”.
É melhor morrer em casa com a família
Do que na fila da previdência...
É amigos, ainda cabe a nós e a Deus
O futuro do nosso Brasil...