À Cidade de Altamira
A cada praça um excepcional conselheiro
Que pretende governar o Legislativo, o Exercutivo,
Não tem competência de administrar sua cozinha,
Mas está apto para governar o Municipio inteiro.
Em cada porta um bem frequente olheiro,
Que a vida do vizinho, da vizinha
Pesquisa, escuta, e esquadrinha,
Para a levar à praça, e ao Terreiro.
Muitos, Brancos, Negros, Pardos desavergonhados,
Que à sua frente lhe tem amizade,
E com Língua enforquilhada
Às suas costas ferroa a cada hora do dia.
Estupendas ousuras no mercado,
Todos, Lobos soltos pelas ruas,
Eis aqui a cidade de Altamira.