Contra os Antipatriotas
Ó estropício antipatriota
Que pragueja dolosamente
A realidade alvissareira
Desta plaga incipiente
Onde o amor medra
Nas elocuções de seus poetas
Onde lágrimas lavam
As máculas das almas trépidas
Onde a sabedoria quebra
As muralhas da ignorância que nos encerra
Tu não te cansarás de nos aporrinhar?!
Vai-te com tuas malevolências
Não nos firas mais com tuas violências
Pois não mais permaneceremos na imobilidade
Qualquer um que se manifestar contra nós
Será punido com nossa ferocidade!
Permanecemos por muito tempo cabisbaixo
Mas agora tomaremos posse de nossa liberdade!
Vai-te horripilante figura!
E não manches mais nossa cultura!
Não impeças nossos poetas de transubstanciar
As nossas maravilhas em palavras
Nem as almas trépidas de nossas terras
De se consolar sem suas lágrimas
Nem a sabedoria, aqui presente,
De nos libertar da ignorância que nos prende.
Vai-te horripilante criatura
E que, em teu próprio veneno,
Tenhas uma morte prematura!
Maikon Jekson, 10/1996