Igualdade Jusfilosófica ou utopia
Muita gente vive pelo mundo apregoando.
A igualdade entre os homens em geral.
Mas como Long*, poucos estão se atentando.
Que a igualdade é resultante de um ideal.
O Direito Humano, que não está se questionando.
Mas será que o homem vê no outro o seu igual?
Ao compararmos a igualdade pretendida,
Dentro do Príncipe Original Igualitário.
Com a igualdade legalmente defendida,
Na versão do Grande Discurso Libertário.
Teremos então duas asserções bem definidas.
Como quer cada um dos seus signatários.
Mas é necessário definir com sensatez.
Qual ideal de igualdade se defende.
Já se perguntaram sobre isso alguma vez?
Com base em quê a igualdade depreende?
Será na visão socioeconômica talvez?
Como naquela ordenada legalmente?
É comum ver as pessoas associarem.
Um fato ao outro como sendo interligados.
Mas a verdade é que se elas analisarem.
Nos dois ideais de igualdade apontados.
E sobre eles com atenção se debruçarem.
Perceberão em ambos os cernes separados.
O primeiro tem na "oportunidade" generalizável.
Arraigados todo seu eixo e os seus valores.
E o segundo tem no "Direito inderrogável"
A própria base e seus zelosos defensores.
Tendo então, uma adesão desfavorável
Entre os discursos, sendo pois, opositores.
Mas o que de fato acontece na real sociedade.
É que nem sempre a oportunidade é oferecida.
E, sem ela, vai-se embora todo o ideal de igualdade.
Que os igualitários julgavam estar já garantida.
Basta ver quantos estão vivendo à marginalidade.
Enquanto alguns têm a vida fartamente abastecida.
E se formos analisar a igualdade plenamente.
Perceberemos que ela também traz contradições.
Ora garante a um dos lados o poder notadamente.
Deixando o outro condenado e a sofrer interdições.
Para entender como é que se dá essa inversalidade.
Basta analisar as classes opostas e as suas relações.
Como exemplo vale citar a luta dos trabalhadores.
Que nos áureos tempos dos ideais sindicalistas.
Viveu a glória de conquistar tantos espaços e valores.
Hoje vêm sendo roubados os seus direitos trabalhistas.
E a tal da igualdade social e todos os seus idealizadores.
Entram no índice dos grandes filósofos autopistas.
E pseuda igualdade libertária dos verdadeiros ditadores.
Que pregam soberania nacional dos patriotas moralistas.
Mas à surdina rasgam e roubam do Brasil seus penhores.
Lesando o povo, que são seus verdadeiros acionistas.
Criam leis que privatizam dividindo entre usurpadores.
Os bens e os postos de trabalho dos reais nacionalistas.
Adriribeiro/@adri.poesias
*LONG, Roderick T. Igualdade: o ideal desconhecido. Professor de Filosofia da Universidade de Auburn, Alabama.