PARAÍBA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Cidade Real de Nossa Senhora das Neves em 1585.
Filipeia de Nossa das Neves em 1588.
Frederica em 1634, resistência e afinco.
Paraíba do Norte em 1654, eita povo afoito.
E finalmente João Pessoa em 1930.
Terra do rio ruim e do ser sem coito.
Estão vendo esta estátua?
É de João Pessoa...
Que foi um pai para os pobres.
Que nunca gostou de pantim.
Morreu em 1930, mais o seu nome
Nesta Terra não tem fim.
Amava ao Deus de Eloim.
Com o seu gosto profundo.
E tinha um defeito com ele.
Que era de amar todo mundo.
Abraçava aos seus amigos.
E odiava os vagabundos.
Mas o nosso Deus pudibundo.
Que é o nosso pai de verdade.
Conduziu o seu espírito em 1930.
Por amor ao Brasil.
Lá para santa eternidade.
E para a Paraíba ficou a saudade.
Para a Paraíba de verdade.
É a maior satisfação.
Em ver nestes 435 anos.
No altar da Pátria a estátua de corpo inteiro.
De quem tinha tanta estimação.
Vida da própria vida.
Corda do seu coração.
E quem mandou com razão.
Fazer esta estátua tão bem feita.
Que nunca mais se acaba.
Porque nela não tem defeito.
E os paraibanos e parentes da Paraíba.
Agradece a homenagem de 1933.
Pelo grande feito.
João Pessoa, terra boa...
Nos teus 435 anos de fundação.
O povo te lembra como vulto gentil.
És a alma da própria gente do Brasil.
Eu fiz esta declaração.
Porque tive a liberdade.
Peço desculpas também.
A toda sociedade...
Se não acharam bons os versos.
Do poeta da igualdade.