Cidade sem rosto
Vês?
Não plentearam a tua última quimera!
Só você lamentou o lamentável,
Riram-se das tuas ruas párias,
Não são priscas as colunatas tuas.
Os iconoclastas erguem contra ti a hasta,
Fazendo verter as tuas veias e artérias,
E sobre o teu rosto escarram.
Fecha a boca - fecho não!
Farei vogar o direito meu.
Sorumbática existo entre outras,
Nos muitos dias do burguês - funesto.
Quando em mim eles entraram,
Meus irmãos vivem passentos.
Gemo e grito a era triste em que vivo,
A esperar a feracidade retornar a mim.
Durmo - dia novo - a mesma coisa - o enxovalho.
Estou aqui! Sem rosto, sem nada.
Só farra!
Só falha!