ANTIGO 17RC
LEMBRANÇA DO 17 RC
Bom dia pra você!
Hoje vou relembrar do verde oliva.
Pra falar do 17 RC.
De Amambai de fardas.
Daquela sensação de segurança.
Daquela boa lembrança.
De filhos de militares.
De sotaques carregados.
Pelo arrastar do erre.
Ou pela de dificuldade de sua pronúncia.
Eram os cariocas ou até os gaúchos.
Vinham de todo lado deste Brasil.
Pra morar conosco.
Pra viver no crepúsculo.
Certamente com dúvidas e lusco-fuscos.
Sem luz...Sem maiores recursos...
Em face da obrigação paterna.
Aí a gente claudicava.
Não entendia aqueles queixos erguidos.
Mas, era coisa de convivência.
Logo... entenderiam nossas carências.
Com isso conquistamos amigos.
Não foi tempo perdido.
Eles traziam suas novidades.
E a gente os acolhia em nossa preciosa cidade.
Aí eu visitava as vilas militares.
Curtia seu clube de caserna.
Dançava baile oliva.
E me encantava com as mocinhas de olhos coloridos.
Aquelas vozes eram melodia pra meus ouvidos.
Até visitava os alojamentos.
Os locais de convivência dos milicos.
Os campos. As baias. Os jogos de pólo. E o visual do campo de aviação.
Minha maior torcida era que em uma visita ou visse algum avião.
O caminho era empolgante.
Ia de bicicleta e na garupa os gibis.
Entretenimento daqueles guris.
Intercâmbio de Texas, Tio Patinhas, Zé Carioca e Pateta.
Ia com muitos exemplares.
Voltava com outros tantos ainda inéditos.
Isso era pra mim o auge da amizade.
Fazer amigos de outras cidades.
Ser amigo de um filho de oficial.
Era o ápice do status social!