GIGANTES DA PÁTRIA

Eu sou o reflexo da vida

Eu sou o espelho d'água

Eu sou começo de tudo

Eu sou fim da jornada

Eu sou

O gigante da pátria

Eu sou o arrasto em deserto

Que veio da terra trincada

Eu sou a verdade em nascente

Eu sou o começo o meio e o fim

Mas eu sou

A jornada instigante

Que trafega em meio do nada

Eu sou a luta diária

Da sobrevivência de uma favela

Eu luto de sol a sol

Pra ganhar o pão

E repartir com meus irmãos

Olhar fixo no horizonte

Vendo o dia passar

O amanhã a Deus pertence

Não quero nem pensar

Os gigantes da pátria

Não fazem nada

Da carência de um pobre irmão

Eu lamento oque vejo

Mas agradeço a paz do meu ser

Eu sou o reflexo da vida

Das lástimas de um pobre irmão

Mas sou a figura que brota

Nas lágrimas de um sonhador

Sem ser chamado de um ser doutor

Eu sou a esperança da vida

Na terra virada ao nascer

Eu sou a dor dos meus calos

Na alma o flagelo da vida Chorando as migalhas de pão

Mas eu tenho a esperança comigo

Cravado em meu coração

Eu sou a jornada estigante

Que trafega no meio do nada

Mas o nada se transforma em tudo

No lar de um pobre irmão.