Brado de guerra

às vezes é melhor passar pela guerra

apesar da injustiça e das matanças

o horizonte abre-se com uma serra

e apagam-se os nós e as heranças

só de paz não vive o homem de bem

que teima em manter-se amargurado

é preciso acabar com o que é ditado

em versos que não abonem a glória

em letras fundas e cruas ser o brado

mudar o caos vazio e desfigurado

para que uma nova raça seja gerada

um povo que morre não tem história

apenas vive de uma lembrança ilhada

caminha na escuridão sem ter memória

segura na boca uma mordaça apertada

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 05/11/2019
Código do texto: T6787956
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