POEMA DO DESCOBRIMENTO
Viestes como viés homens varonis
Trajando trajes, tralhas em trajeto vil
Salteado, entremeado por mares bravios
Caindo em braços fortes eremita Brasil.
Erétil, aprumado avistas-te acervo serra
Nem montês ou montesa no vislumbre sideral
Deserto esquivo o estreado escarpal
Avistável nesse instante o monte pascoal.
Chegando mais perto empunhando sua nau
Da gávea mais alta além também tem
Mais terra a avistar não se sabe de quem
Da escotilha já vejo gaivotas, pardais, juritis
Palmeiras, buris, buritis e guaranis.
Sumido da rota e achado em descaminho
Desterrado em destemor como cego sem luz
Areia branca, verde louro e horizontes azuis
Pensas estar numa Ilha de Vera Cruz.
Mais tarde astuto de posse tu ficas
Noticias de volta pra longe tu mandas
Hilariante explora, devasta florestas azuis
Faz escravos, se põem a extorquir homens nus
E entrega aos monarcas a Terra de Santa Cruz.
Jonas Martins.