POEMA DO DESCOBRIMENTO

Viestes como viés homens varonis

Trajando trajes, tralhas em trajeto vil

Salteado, entremeado por mares bravios

Caindo em braços fortes eremita Brasil.

Erétil, aprumado avistas-te acervo serra

Nem montês ou montesa no vislumbre sideral

Deserto esquivo o estreado escarpal

Avistável nesse instante o monte pascoal.

Chegando mais perto empunhando sua nau

Da gávea mais alta além também tem

Mais terra a avistar não se sabe de quem

Da escotilha já vejo gaivotas, pardais, juritis

Palmeiras, buris, buritis e guaranis.

Sumido da rota e achado em descaminho

Desterrado em destemor como cego sem luz

Areia branca, verde louro e horizontes azuis

Pensas estar numa Ilha de Vera Cruz.

Mais tarde astuto de posse tu ficas

Noticias de volta pra longe tu mandas

Hilariante explora, devasta florestas azuis

Faz escravos, se põem a extorquir homens nus

E entrega aos monarcas a Terra de Santa Cruz.

Jonas Martins.

Jonas Martins da Silva
Enviado por Jonas Martins da Silva em 26/04/2019
Reeditado em 01/03/2024
Código do texto: T6633239
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