ATÉ QUANDO ACEITAR?
Defendemos nossa própria servidão
Acreditamos no salvador
Que promete melhorias
Mas aumenta nossa dor
Será que pode chamar isso de viver?
Sem saber se vai ter de comer
Ou estar vivo amanhã
Lutamos pela própria miséria
Acreditamos na bandeira
Só que o progresso
É o povo na coleira
O Estado? Assassino
Matou mais um menino
Dita o preconceito
Acorrentados por mentiras
Somos seres fragilizados
Vendemos nossa própria alma
Para sustentar os famigerados
Com família, desempregado
Milhões de desesperados
Casa-grande e senzala