ATÉ QUANDO ACEITAR?

Defendemos nossa própria servidão

Acreditamos no salvador

Que promete melhorias

Mas aumenta nossa dor

Será que pode chamar isso de viver?

Sem saber se vai ter de comer

Ou estar vivo amanhã

Lutamos pela própria miséria

Acreditamos na bandeira

Só que o progresso

É o povo na coleira

O Estado? Assassino

Matou mais um menino

Dita o preconceito

Acorrentados por mentiras

Somos seres fragilizados

Vendemos nossa própria alma

Para sustentar os famigerados

Com família, desempregado

Milhões de desesperados

Casa-grande e senzala

Jorge Machado
Enviado por Jorge Machado em 26/04/2019
Código do texto: T6632944
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