Habitante do sertão
Esse sol que alumia meu sertão
Traz sabor ao dia a dia
Me faz ser eu e mais ninguém
Na minha estrada
Pego meu carro de boi
Porque o trem nunca vem
A luz chegou esses dias
Nas rezas da ave Maria
A água apareceu também
Tinha piaba fresquinha
Um ovo e pé de galinha
Pro pirão acompanhar
Na majestade do dia
Era só alegria
Dos grilos a cantar
As folhas iam caindo
A gente só assistindo
O sol nascer e raiá
As criança nascia
Valei-me Santa Luzia
Dos olhos eu cegar
No barro a gente se via
E na melhor companhia
O restante do ar
E sempre trazeno
O cacete na mão
Para os cachorros espantar
Uma inocência plantada
Na terra de meu bem
Aleluia amém acabo de acabar