OS GUERREIROS E OS COVARDES
Depois da conquista
Os guerreiros receberão
seus banquetes,
E seus pratos serão fartos
de força e honra!
Assentados cada qual
Na poltrona da bravura
Receberão toda a família
Dando as felicitações
Aos seus bravos heróis
De sorriso permanente
Brindarão com seus companheiros
Ao seu lado descansa a espada
da justiça
e o elmo da irmandade
Pela noite deitará de consciência leve
Por seu dever cumprido
Pela sua missão de resistente
Ter alcançado a vitória
Até que seja domado pelo o sono
do orgulho das conquistas
Os covardes também estarão presentes
Noutra mesa
Noutra cadeira
Noutro recinto
Os seus alimentos minguados
terão o amargor do fel
Não haverá louros em suas cabeças
Não haverá brilho em seus olhos
De espírito pobre e imundo
Assentar-se-ão no banco da mesquinhez
e da injustiça
E para sempre terão
A consciência de chumbo
O espírito de porco
E o desprezo dos guerreiros