SOMOS V[ÍTIMAS DO PODER

SOMOS VÍTIMAS DO PODER

Um regime perdido entre os abalos

De uma cúpula que atempo não tem pulso

Sem vontade nenhuma seguem avulso

Nos fazendo de escravos e de vassalos

Somos frágeis diante a violência

Já estamos perdendo a paciência

De vivermos na mira do fuzil

Só maluco não dar pra entender

Que o poder paralelo tem puder

De afrontar o poder do meu Brasil.

Nós sofremos por culpa do regime

Que nos nega direito e deveres

Somos vítimas perdidas entre os poderes

De um estado que aos poucos nos oprime

Quando nega saúde, educação

Quando abre as travancas da prisão

Prá mandar ir embora um salafrário

Que o supremo nos diz que lhe condena

Mais pulseira eletrônica não é pena

Prá punir quem roubou o nosso erário

As propinas são pagas e eles negam

Quem recebe propõe total sigilo

Por oculto que seja dão vacilo

E vem átona as siglas que sonegam

Quem faz isso os seus atos são implícitos

Acumulam seus patrimônios ilícitos

E sem escrúpulo nenhum roubam agente

Que a justiça descobre quem se envolve

Mais por mais que descubra não devolve

Os milhões pra o estado novamente.

O estado emprestou cinquenta bi

Aos países da América e africanos

Muitas obras erguidas em poucos anos

E o retorno jamais volta pra aqui

Ninguém soma os tamanhos dos estragos

Que os empréstimos talvez nem sejam pagos

Mais tá bom para as cinco empreiteiras

Descobriram essa farsa e nada muda

O Brasil precisando dessa ajuda

E investiram nas pátrias estrangeiras

Nosso povo perdeu a confiança

O governo não mostra transparência

Quem podia usar da consciência

Faz conchavo com outra liderança

Pega mala estofada de dinheiro

Fora as contas que tem no estrangeiro

E não declaram essas rendas pra ninguém

Não é isso o país que agente sonha

Nossa pátria morrendo de vergonha

Desses filhos corruptos que ela tem.

Estou mostrando o Brasil que nós vivemos

Um País democrático no papel

Nossas leis tão distantes do fiel

Pra punir os vilões que conhecemos

Que o supremo só prende os paupérrimos

Quanto os ricos da corte são libérrimos

Quanto a nós, a esperança é tão pouca

O que falo dos chefes eu não blasfemo

Se meus versos chegassem no supremo

Mandariam calar a minha boca.

Maurilo Pereira.

maurilo pereira
Enviado por maurilo pereira em 20/03/2018
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